O Mato Grosso j possui o seu mercado para negociao de ativos gerados por projetos que promovam a reduo das emisses de gases do efeito estufa. Em dezembro de 2004, o MDIC - Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior e a BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros lanaram o Mercado Brasileiro de Reduo de Emisses, o primeiro deste tipo a ser implantado no Brasil.

O convnio, assinado entre a MDIC e BM&F, prev um sistema especfico para a operacionalizao do mercado a termo de crditos de carbono, alm de um programa de capacitao inicial de multiplicadores, necessrios para a operao do mercado.

Com a abertura do comrcio nacional de crditos de carbono, o Brasil amplia a possibilidade de que empresas nacionais e do exterior faam investimentos em reflorestamento, utilizando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, permitindo no s que um pas reduza suas emisses, mas que possa investir em uma nao em desenvolvimento, alm de obter crditos que auxiliem no cumprimento do Protocolo de Kyoto.

Com o tratado, o que era inteno ou a ser realidade, observa o consultor Ewerson Duarte da Costa. Segundo ele, falta difundir mais as informaes para que o mercado seja potencializado.

O agronegcio o setor que comporta o leque mais significativo de possveis empreendedores de carbono. Um produtor, por exemplo, com uma granja de sunos, pode ser um potencial detentor de crditos de carbono. Da mesma forma, um agricultor que usa carvo vegetal para fazer a secagem dos gros e que mantenha uma rea de reflorestamento da qual retira a lenha de que necessita, pode ter o ao mercado de carbono, explica Ewerson.

Entre outros empreendedores do agronegcio esto os investidores em usinas hidreltricas de pequeno porte (PCHs de at 30 MW), consideradas fontes de energia limpa, os suinocultores, pecuaristas ou avicultores que tratam os dejetos dos animais por meio de biodigestores, os madeireiros, que usam a biomassa advinda dos resduos da madeira para gerar energia e os produtores de biodiesel.

Dirio de Cuiab/MT

Fonte: 1eoy